25 de jun. de 2012

Escrevinho no caderno


Tem dia em que eu acordo e, de verdade, pouco importam as minhas dificuldades, sejam elas até já desgastadas pelo tempo, sejam elas viçosas, recentemente inauguradas, tudo me parece perfeito. Tudo é como pode ser agora, eu estou onde consigo estar, o tempo das coisas é o tempo das coisas, e isso vale também para cada pessoa que compartilha comigo.


Tem dia em que eu acordo e faço contato com uma gentileza tão linda que desconhece essa história de acertos e erros, sejam meus ou alheios.. Aprendi que quem fala a verdade (e a busca) não merece castigo, metira! São pelas nossas verdades que somos mais castigados. Não importa.A bíblia diz que toda humilhação vem de Deus e serve pra nos moldar. Uma vez na roda do Oleiro, sempre na roda. Viver é trabalhoso e todo mundo se atrapalha, de um jeito ou de outros. Toda gente só precisa de consciência, cura e amor. Toda gente só quer ser feliz. Não há motivo para pressa e também não há estagnação, eu permito que possa simplesmente fluir, sem tentar, em vão, amarrar ou alterar o jeito de dizer das suas cores.


Este sentimento pode durar poucos quarteirões do dia, um monte deles, até mesmo só alguns centímetros de passo, enquanto dura é absoluto. E eu me sinto feliz e grata por tudo, vejo amor, mestria, chance de aprendizado, em cada ínfima coisa que me acontece. Ainda que chova, e às vezes chove muito, a memória da ternura luminosa e imutável do sol me faz lembrar da natureza preciosa da vida. O sol não vai a lugar nenhum, ele fica exatamente onde está, mas a nuvem, o frio, a chuva,.. sempre passam.


Tem dia em que eu acordo e coloco bobagem pra dormir porque a nítida prioridade é a harmonia do meu coração, o contentamento natural que só a escritura é capaz de me nutrir, proteger e me ajudar a seguir. Este sentimento pode durar poucos quarteirões do dia, um monte deles, até mesmo só alguns centímetros de passo, enquanto dura é lembrança da realidade divina perene que é sol por trás da temporária nuvem, da temporária chuva, que possam molhar os olhos do passarinho. Enquanto dura é alegria e descanso e lembro-me do que, de verdade, me importa.



PS: Extraído da memória; com o fim da historia do caderno identidade cristã.
Não é que me veio tudo assim, num lampejo.. Tudo como flashback.

Ta aí.



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